domingo, 26 de abril de 2020

Revisitando a composição dos juros (e uma pitada de CDS)

Disclaimer: este é um post mais para organizar as ideias do que para passar alguma :)

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Fiquei encucado com um tweet do Alfredo Menezes (hoje na Armor Capital) sobre como poderíamos ter uma Selic a ~ 3,0% a. a. (hoje a 3,75% a. a.), se o risco-país negocia a ~300 bps: https://twitter.com/AlfredoMenezes6/status/1254213022953897985.

Esse é o CDS Brasil para 5 anos, para ter uma referência:

Imagem

(Uma dica para aliviar um pouco seu domingo: interpole o CDS Brasil e Argentina num gráfico -- facilita um pouco a vida em tempos de reclusão)

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Fui lá revisitar os fundamentos da taxa de juros e encontrei esses dois estudos (um pelo IPEA e outro pela RBE) do Márcio Garcia (PUC-Rio) e Gino Olivares (hoje Insper, ex-Opportunity): 
http://repositorio.ipea.gov.br/bitstream/11058/5847/1/PPE_v33_n02_Taxa.pdf e http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-71402001000200001. Basicamente a taxa básica de juros (nesse caso, a Selic) é uma composição de fatores internos e externos ao Brasil. Dentre estes, estão a taxa de juros externa (referência da Treasury-rate americana), a depreciação cambial, o risco cambial  e o risco-país (o clássico Credit Default Swap, nossa chance de dar calote). 

É bem interessante essa decomposição que eles fazem, com referência ao pós-Plano Real. Fiquei (outra vez) encucado pra saber se o BaCen não divulga algum material semelhante para tempos mais recentes


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