Mostrando postagens com marcador cds. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador cds. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 7 de maio de 2020

Pontuando os pontos do Ilan sobre emissão monetária (e caderneta de poupança por Fio Maravilha)

Disclaimer: outra vez, é um post mais para organizar as ideias (daqui: https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2020/05/emissao-monetaria-resolve-nao-escapamos-de-focar-nos-mais-vulneraveis.shtml?origin=folhado que para passar alguma :)

*

Ilan explica tim-tim por tim-tim (serve até como resumo de alguma prova da graduação) quais os efeitos, no aumento e financiamento da dívida pública, de emitir moeda pra sanar os problemas econômicos deste período.

Colocar dinheiro para rodar na economia parece, de form extremamente ingênua, uma boa ideia para aquecer a economia e driblar os problemas de renda e demanda das famílias, por exemplo, durante a quarentena. Entretanto, o dinheiro físico (papel-moeda em si, na mão das pessoas, empresas ou bancos -- este último, em depósitos à vista) representa muito pouco no total dos meios de pagamento: "apenas em torno de 3-4% do PIB". Para alguém mais habituado ao assunto, é dizer que o M1 é pouco representativo comparado ao M4.

Mesmo que o último relatório de Programação Monetária seja referente a 2018, dá para se ter uma ideia (https://www.bcb.gov.br/ftp/progmon/pm-022019p.pdf):


*

Também pontua a que patamar vamos estar de dívida pública/PIB (um negócio que vem crescendo e muito), devendo ficar em "ao menos 90% do PIB". Numa thread do Twitter dá pra se alertar para não assustar caso o número que chegue a suas mãos seja >100%/PIB. Spoiler: os números do FMI são maiores. Aqui: https://twitter.com/AlexSchwartsman/status/1250568216616882176

*

Quando Ilan comenta sobre a emissão monetária aumentar o passivo do BC e, dessa forma, aumentar a dívida do governo é de uma didática exemplar. Basicamente, se o BC emite dinheiro ou se endivida pelo Tesouro emitindo títulos da dívida lastreados à Selic tem o mesmo custo de financiamento. 

Ainda comenta sobre, em momento de aumento do CDS e decisão do BC de diminuir a 3% a.a. a Selic, a taxa de juros de equilíbrio ter aumentado num momento como esse (comentei sobre isso aqui: https://fisher-and-chips.blogspot.com/2020/04/revisitando-composicao-dos-juros-e-uma.html), e como pode afetar o câmbio, desvalorizando o já tão combalido.

*

Por fim, artigão!


Fio Maravilha, aquele do Flamengo e do Jorge Ben (você já cantou, que eu sei!), foi garoto-propaganda de caderneta de poupança: "rende juros e dividendos e correção monetária", segundo o craque (https://www.youtube.com/watch?v=EXSWFEqjmKo)

O atacante folclórico que fez o maior golaço da MPB completa 70 ...

*

Escrevendo, estava ouvindo esse:

João Gilberto - Live At Umbria Jazz (2002, CD) | Discogs 

domingo, 26 de abril de 2020

Revisitando a composição dos juros (e uma pitada de CDS)

Disclaimer: este é um post mais para organizar as ideias do que para passar alguma :)

*

Fiquei encucado com um tweet do Alfredo Menezes (hoje na Armor Capital) sobre como poderíamos ter uma Selic a ~ 3,0% a. a. (hoje a 3,75% a. a.), se o risco-país negocia a ~300 bps: https://twitter.com/AlfredoMenezes6/status/1254213022953897985.

Esse é o CDS Brasil para 5 anos, para ter uma referência:

Imagem

(Uma dica para aliviar um pouco seu domingo: interpole o CDS Brasil e Argentina num gráfico -- facilita um pouco a vida em tempos de reclusão)

*

Fui lá revisitar os fundamentos da taxa de juros e encontrei esses dois estudos (um pelo IPEA e outro pela RBE) do Márcio Garcia (PUC-Rio) e Gino Olivares (hoje Insper, ex-Opportunity): 
http://repositorio.ipea.gov.br/bitstream/11058/5847/1/PPE_v33_n02_Taxa.pdf e http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-71402001000200001. Basicamente a taxa básica de juros (nesse caso, a Selic) é uma composição de fatores internos e externos ao Brasil. Dentre estes, estão a taxa de juros externa (referência da Treasury-rate americana), a depreciação cambial, o risco cambial  e o risco-país (o clássico Credit Default Swap, nossa chance de dar calote). 

É bem interessante essa decomposição que eles fazem, com referência ao pós-Plano Real. Fiquei (outra vez) encucado pra saber se o BaCen não divulga algum material semelhante para tempos mais recentes


Fundos de investimentos futebolísticos - 2º tempo: Milan&Elliot

O Milan do trio holandês Van Basten&Gullit&Rijkard (vide abaixo, trajados de rossonero) todo mundo que teve um mínimo de contato com...